Andava eu a viajar pela Internet como é habitual e deparei-me com um site fabuloso sobre as aldeias esquecidas de Portugal. No site "Aldeias da Memória" pode consultar informações sobre algumas destas aldeias. Deixo-vos aqui algumas fotografias da Aldeia de Piódão, uma das mais charmosas aldeias de Portugal na minha opinião. Ir até Piódão é com toda a certeza uma viagem fantástica, não perca a oportunidade de a visitar.
A povoação da aldeia apresenta uma disposição em anfiteatro, pela encosta abaixo, dado que a Serra o Açor, onde se localiza, por ser muito íngreme, condicionou a adaptação da aldeia ao terreno. Assim, as ruas são estreitas e pequenas, contornando os limites da Serra, circundando a encosta e estruturando o núcleo.
As casas descem de socalco em socalco, para se alargarem na vasta praça que constitui o centro, a sala de visitas do Piódão, onde se ergue a pequena Igreja Matriz.O aspecto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”.
O azul das portas e janelas é um mistério, mas a explicação mais comum prende-se com o isolamento da aldeia e com a chegada de uma lata de tinta azul, não havendo escolha o azul impôs-se. A loja do Piódão só vendia tinta de uma cor, tal era a inacessibilidade do lugar.
A geomorfologia do território decerto dificultou a vida dos seus habitantes. Para praticar a agricultura, foi necessário adaptar o terreno, criar condições para a ocupação de subsistência. Construíram-se muros de suporte às terras, os cômoros e cultivou-se em socalcos.
A flora é em grande parte constituída por castanheiros, oliveiras, pinheiros, urzes e giestas. A fauna compõe-se, sobretudo, de coelhos, lebres, javalis, raposas, doninhas, fuinhas, águias, açores, corvos, gaios, perdizes e pequenos roedores.
O Piódão foi classificado imóvel de interesse público em 1978, defendido desde 1974 pelo arquitecto Eugénio Correia.
A integração no projecto das aldeias históricas de Portugal salvaguardou o seu conjunto urbanístico (todas as casas em cimento e telha estão ou serão convertidas em casas com paredes de xisto e telhados de lousa).
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